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Capítulo 36 - Invasão

  A luta come?ou com um tenso jogo de observa??o. Ana estudava cuidadosamente cada movimento de seu oponente. A dire??o dos olhos, a tens?o de seus músculos, o movimento sutil de suas m?os, preparando-se para antecipar tanto os tiros quanto os golpes de seu sabre.

  “Ela está me lendo”, percebeu o homem barbudo, com um sorriso insano passando em seus lábios.

  Ana ajustou a faca negra em sua m?o direita e o escudo na esquerda. Ela preparou-se para saltar para frente, quando foi surpreendida por palavras inesperadas.

  — O que acha de se juntar a meus tripulantes? — perguntou o capit?o, sua postura irradiando uma confian?a que atraía os observadores.

  — Parece interessante, mas por hoje, vou recusar.

  — Quando eu tomar posse dessa maldita baleia, terei dinheiro suficiente para sair pelo mundo em liberdade, tem certeza que n?o quer reconsiderar?

  — Se sobrevivermos, me procure em alguns anos. Me chamo Ana, líder da Ironia Divina.

  — Seu olhar me diz que n?o foi uma resposta ir?nica, você realmente parece interessada! — exclamou o homem, surpreso pela frase inesperada — Eu sou Rody, capit?o dos Sobreviventes Bárbaros. é um prazer te conhecer, senhorita, mas uma pena ter que matar alguém t?o… diferente.

  Decepcionado, ele tentou surpreender a estranha garota com um disparo rápido, mas um escudo bloqueou a trajetória da bala. O som metálico do impacto ressoou pelo ar, um testemunho da precis?o da defesa de Ana.

  — Isso n?o foi legal — murmurou ela, aproveitando o breve momento de recarga da pistola para fechar a distancia com uma série de movimentos fluidos. Seu primeiro ataque com a adaga, uma estocada rápida em dire??o ao pesco?o do homem, foi destinado a sondar a defesa do capit?o.

  Ele bloqueou ágilmente com seu sabre, mas o impacto da faca negra foi forte o suficiente para fazê-lo recuar.

  “Realmente uma mulher interessante!”, pensou para si mesmo, encantado pela pessoa intrigante que encontrou.

  Na ampla pra?a central de Leviathan, um confronto colossal se desenrolava, capturando a aten??o de todos ao redor. Comandante Markus, um guerreiro imponente conhecido por sua for?a e habilidade com a espada longa, enfrentava um adversário igualmente formidável: um pirata gigante, n?o apenas alto mas também notavelmente corpulento, armado com um grande canh?o.

  Markus avaliou cautelosamente seu oponente, quando repentinamente o pirata come?ou a disparar uma série de projéteis pesados. Cada tiro retumbava pelo ar, criando pequenas explos?es ao rasgar o ch?o de pedra da cidade, enviando estilha?os pelo ar. Markus, ágil apesar de seu porte, correu por entre a poeira que foi levantada com uma destreza surpreendente, esquivando-se dos disparos enquanto avan?ava lentamente em dire??o ao seu adversário.

  Conforme a distancia diminuía, a tens?o aumentava. O comandante esperou o momento ideal para atacar, desviando de um projétil particularmente próximo antes de entrar no alcance de sua espada. Com um grito de batalha, ele desferiu um golpe poderoso, que foi bloqueado pelo pirata com a própria arma de ferro maci?o.

  Com um chute que lan?ou Markus para trás, o pirata balan?ou o canh?o como se fosse um martelo, com uma for?a brutal na tentativa de esmagar o espadachim a sua frente.

  — Ent?o essa coisa n?o serve só pra atirar? — murmurou Markus, enquanto bloqueava o golpe com a espada, sentindo o impacto vibrar até seus ossos. O metal rangia sobre a for?a do gigante, e por um momento, o ar se enchia apenas com o som de metal contra metal.

  Enquanto ele recuperava o f?lego, o pirata tentou finalizar a luta, apontando o canh?o diretamente para ele a curta distancia. Rapidamente, Markus rolou para o lado, evitando por pouco o disparo que destruiu parte da fachada de uma constru??o próxima.

  Se levantando, ele correu em dire??o ao pirata, iniciando uma troca feroz de golpes. Num movimento audacioso, Markus avan?ou diretamente na linha de fogo, girando de lado no último instante para evitar um tiro à queima-roupa. Antes que o pirata pudesse recarregar, ele deslizou por baixo do canh?o e, com um rugido e um golpe ascendente, cortou através da jun??o da armadura.

  O gigante do canh?o soltou um urro de dor e surpresa, trope?ando para trás. O sangue escorria pela lacuna na armadura, e por um momento, a batalha pareceu congelar.

  Apesar de exausto e ferido, com respira??o pesada e hematomas que come?avam a se arroxear, o comandante n?o deixou que a compaix?o tomasse conta de si. Ele sabia que a luta n?o tinha acabado. Com um último esfor?o, correu para frente e, usando toda sua for?a restante, dirigiu sua espada diretamente para o cora??o do seu inimigo.

  O golpe foi certeiro e fatal, mas o corpo em queda do pirata, em uma última rea??o antes de virar uma po?a de sangue, puxou o gatilho da grande arma.

  "Fui descuidado... Mas foi uma boa luta", pensou Markus, vendo uma grande mancha preta destruir sua espada e acertar seu est?mago, fazendo-o cuspir uma quantidade alarmante de sangue.

  Caído e espremendo o que estava de sua consciência, ele levantou o punho lentamente, desmaiando no instante seguinte.

  Aplausos, assobios e gritos de anima??o preencheram as ruas da cidade.

  Conforme o combate prosseguia, o capit?o, percebendo que n?o poderia subestimar Ana, aumentou a agressividade de seus ataques. Ele alternava entre golpes rápidos de sabre e tiros direcionados, tentando manter a mercenária à distancia.

  Ana utilizava o escudo n?o apenas para se defender, mas também como uma arma de impacto. Cada vez que bloqueava um golpe de sabre, ela usava o impulso para desferir contra-ataques brutais com a borda metálica do escudo.

  Aos poucos, Ana come?ou a reconhecer padr?es nos ataques do capit?o. Seu olho mecanico brilhava a cada tiro, como se calculasse a melhor rota do disparo, tornando-o previsível. Claro, era previsível apenas para alguém com um tempo de rea??o absurdo o suficiente para utilizar bem esse conhecimento.

  — Click — disse Ana em um tom zombeteiro, no exato instante em que o dedo do pirada apertou o gatilho, desviando do tiro de forma quase sobrenatural.

  Em um movimento decisivo, ela desviou do golpe subsequente, um corte lateral de sabre, deslizando sob o bra?o do capit?o e contra-atacando com uma estocada precisa de sua faca.

  — Achei sua fraqueza. Meio óbvia, devo dizer — disse Ana, sua voz baixa e controlada, enquanto sua adaga rasgava a bochecha do capit?o, uma ferida pouco fatal, mas dolorosa.

  O capit?o cambaleou para trás, lutando para manter o equilíbrio. A garota n?o perdeu tempo; ela avan?ou com uma série de golpes rápidos e precisos, for?ando-o a se defender cada vez mais desesperadamente. Finalmente, com um golpe bem colocado do escudo, Ana desarmou o capit?o, deixando-o à sua mercê.

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  — Eu n?o entendo… N?o é obvio que a ideia de atacar esse lugar é algo estúpido?

  — Parece que meu ego estava alto demais — respondeu o barbudo, um tom de desgosto preenchia sua voz. — E agora?

  — Bem, agora você morre — respondeu Ana, ofegante, mas composta. Seus olhos encaravam Rody quando, com um movimento final, ela avan?ou, sua adaga negra perfurando lentamente o pesco?o do capit?o. O sangue come?ou a escorrer, enquanto o pirata caía de joelhos, sua vida se esvaindo rapidamente.

  Enquanto as lutas principais ocorriam nas muralhas e nas pra?as, uma batalha crucial, embora menos visível, se desdobrava nas ruas onde os soldados de Ana trabalhavam incansavelmente para proteger os cidad?os mais fracos dos ataques dos piratas. Eles mostraram a verdadeira essência de seu treinamento, n?o apenas combatendo os invasores, mas assegurando a seguran?a dos habitantes da cidade.

  Com a agitada música ainda ressoando pelos alto-falantes, os soldados rapidamente se organizaram em forma??o defensiva ao redor das áreas mais densamente povoadas. Entre animadas conversas, eles formavam uma barreira viva entre os piratas e os civis, com escudos erguidos e lan?as prontas.

  A linha de frente dos soldados manteve-se firme, suas faces marcadas pela determina??o e pelo foco inquebrantável. à medida que os piratas avan?avam, esperando uma fácil pilhagem, foram meticulosamente repelidos pelos guerreiros que trabalhavam em unidade coesa, movendo-se como um único organismo vivo e adaptativo.

  à medida que a luta continuava, os soldados come?aram a usar n?o apenas for?a, mas também astúcia, atraindo os piratas para armadilhas e emboscadas preparadas nas ruas estreitas. Isto foi crucial para mitigar o número superior do inimigo e demonstrou o valor do treinamento tático que Ana havia incutido em suas tropas.

  No final, apesar de alguns ferimentos e exaust?o evidente, os soldados conseguiram manter a linha até que refor?os pudessem chegar. Sua disciplina e coragem n?o apenas asseguraram a seguran?a dos civis, mas também inspiraram os habitantes da cidade, que viram em seus defensores um exemplo de determina??o e bravura.

  A luta deles tornou-se uma das pequenas lendas da cidade, uma história de coragem e heroísmo que as crian?as adoravam ouvir antes de dormir.

  Ana se afastou do corpo caído, seu olhar varrendo a pra?a e encontrando os rostos animados dos espectadores, deixando-a levemente desconfortável.

  “Já fiz o suficiente”, pensou a mercenária. Ela sabia que a batalha n?o estava completamente terminada, mas havia mais gente capaz no resto da cidade.

  Vendo no holograma que Pedro também parecia ter terminado sua batalha, com os piratas rendidos ou mortos ao seu redor, Ana seguiu em sua dire??o. No entanto, ao guardar a faca em sua bainha, um suave som de corte foi ouvido, com um peda?o de couro meio despeda?ado caindo ao lado de seu corpo.

  “T?o estranha...”, pensou ela, observando a lamina ensanguentada da “faca” que agora media 60 centímetros, semelhante a um gládio romano. Seu dedo deslizou lentamente pela superfície fria e marcada da lamina, lembran?as mórbidas das mais de noventa vezes que a arma havia sido usada para trazer o fim a uma vida.

  Ela girou a faca no ar algumas vezes, sentindo o peso e o equilíbrio da lamina aumentada.

  — Parece que vou ter que me acostumar com uma espada curta — murmurou com um sorriso, apreciando a sensa??o da arma em sua m?o enquanto se preparava para o que viesse a seguir.

  Três piratas esguios, cada um deles adornado com uma miríade de adagas presas ao corpo, estavam dando passos relaxados em frente a uma densa floresta de bambus. Laura, com seu grande escudo, foi em dire??o a um grupo de civis com dificuldades, deixando os estranhos inimigos nas m?os da Ironia Divina

  Júlia avan?ou primeiro, a lamina longa e curva de sua nodachi zumbia com uma carga elétrica que iluminava seus olhos com um brilho azul intenso. Em um movimento conjunto, os três homens magros lan?aram descontraidamente finas adagas em sua dire??o, mas a garota ruiva desviou facilmente.

  — Isso foi um ataque? — murmurou ela, intrigada. Com um giro de sua espada, um pequeno campo elétrico surgiu, impedindo facilmente a nova leva de adagas que vinha em sua dire??o, deixando-a ainda mais desconfiada.

  Como se ouvindo a intui??o da garota, uma das adagas do ch?o come?ou a emanar uma luz branca. Seus detalhes intrincados faziam-na parecer uma pe?a divina, quando repentinamente uma explos?o gélida aconteceu, lan?ando Júlia para trás com um forte baque na parede de uma casa próxima.

  Alex, vendo a cena, bateu com for?a suas manoplas no ch?o, erguendo uma pequena barreira que bloqueou novas adagas que estavam prestes a acertar o corpo caído da garota.

  — Você está bem? — perguntou o ca?ador, suas roupas leves de monge contrastando com sua express?o preocupada ao ver as marcas vermelhas que surgiam sob as roupas de Júlia.

  — Sim, algumas feridas de mais cedo reabriram, mas consigo continuar.

  Antes que a conversa pudesse continuar, um dos piratas lan?ou uma adaga com um sutil brilho marrom. A magia de terra imbuída na arma se chocou contra as barreiras de Alex, criando uma explos?o de detritos que obscureceu sua vis?o. Aproveitando a distra??o, outro pirata lan?ou uma rápida adaga com encantamento de vento, que atingiu o jovem no ombro, fazendo-o cambalear com um grito abafado.

  Vendo a dificuldade da dupla, Felipe avan?ou rapidamente. As adagas eram desviadas com sua prótese, mas a escopeta era utilizada sempre que algo parecia estranho, evitando encantamentos imprevistos. Com um deslize, ele chegou ao lado de um dos homens, mas o disparo que saiu da arma foi desviado quando uma das adagas acertou seu pulso. Com sua antiga espada leve empunhada na m?o livre, o ca?ador de um só bra?o deu uma estocada rápida em meio ao recuo de seu inimigo, perfurando sua coxa de forma certeira, mas n?o o impedindo de fugir.

  A intensidade do combate atingiu seu pico. Os piratas, percebendo que estavam em vantagem, come?aram a lan?ar adagas com feiti?os mais devastadores. Uma delas, imbuída com um encantamento explosivo, foi lan?ada novamente em dire??o a Júlia. Ela, antecipando o ataque, desviou para o lado, mas assim como anteriormente, a explos?o a jogou no ch?o, sua Nodachi caindo a alguns metros de distancia.

  — Temos que acabar com isso logo — gritou Júlia, tentando se levantar enquanto uma dor aguda percorria sua perna.

  Alex, apesar da dor em seu ombro, voltou a dar socos no solo, criando um terremoto localizado na tentativa de desestabilizar os piratas, mas eles se moveram agilmente, evitando a fissura que se abriu no ch?o.

  — Essa é a sua chance, Felipe! — gritou Alex, sua voz cheia de urgência ao ver os atacantes se separarem.

  Felipe avan?ou com tudo que tinha, chegando à frente de um dos homens com um salto. Ele disparou sua escopeta, abrindo um grande buraco no peito do pirata que havia sido machucado na perna anteriormente, mas sua espada, a qual ia em dire??o a outro dos oponentes, foi desviada pelo último pirata que, em um movimento rápido, lan?ou uma adaga com encantamento de relampago que brilhou intensamente ao acertar o bra?o metálico, fazendo-o gritar de dor.

  Com os três membros da Ironia Divina feridos e exaustos, parecia que os dois inimigos restantes teriam a vantagem final. No entanto, em um último esfor?o desesperado, Júlia se lan?ou para sua Nodachi caída, canalizando toda a energia restante em um golpe final.

  — N?o vou deixar tudo acabar aqui. Pro ch?o, rápido! — gritou Júlia, sua voz cheia de determina??o. Ela jogou a espada incandescente na dire??o dos dois homens restantes, liberando uma intensa explos?o elétrica.

  Os piratas, incapazes de sair da área da explos?o a tempo, foram queimados vivos de forma quase instantanea, deixando um cheiro acre de carne queimada no ar. Surpreendentemente, um deles ainda respirava, com o ar saindo em um tom aterrorizante da garganta destruída.

  Felipe se aproximou, cambaleando um pouco, e usou a bala restante de sua escopeta para garantir que o último pirata n?o se levantasse.

  Exaustos, mas vitoriosos, os membros da Ironia Divina se reuniram no centro da pra?a, avaliando os danos e assegurando que todos estivessem bem.

  — Nós conseguimos — disse Alex, tentando sorrir apesar da dor no ombro.

  — Foi por pouco — concordou Felipe, meio encolhido pelos espasmos que seu corpo ainda estava tendo, mas com um olhar de alívio.

  Alex e Felipe foram recolher as adagas rúnicas que estavam espalhadas enquanto Júlia apenas se deitou de costas no ch?o frio, seus olhos vagando entre sua espada destruída e os corpos carbonizados no ch?o. Com um suspiro, a garota ruiva esvaziou a mente e focou apenas em sentir as partículas de mana dos piratas mortos, as quais vagavam pelo ar, permeando lentamente nos corpos dos aventureiros.

  As lutas continuaram até o dia seguinte, quando os raios de sol come?aram a surgir no exuberante céu azul, iluminando o animado povo viajante dos céus e dando um toque estranhamente belo para as ruas manchadas de sangue.

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